A Fundação Senhor dos Passos pediu à Prefeitura de Feira o tombamento do imóvel onde funcionou a antiga usina de Algodão, situado na extensa rua Senador Quintino. O pedido é uma reação à decisão do governo do estado de vender o imóvel.
Um ofício da Fundação Senhor dos passos foi encaminhado à Prefeitura: “Senhor prefeito, cumprimentado cordialmente Vossa Excelência, sirvo-me do presente, de acordo com o que determina a Lei nº 3.355/2013, para solicitar o Tombamento do Imóvel localizado na Rua Senador Quintino, local onde estão os Galpões construídos para abrigar a primeira Usina de Beneficiamento de Algodão, no interior do Estado da Bahia. Construída e instalada em 1940, a Usina foi inaugurada pelo interventor federal Landulpho Alves de Almeida – de visão incomparável no campo da agropecuária, no dia 22 de janeiro de 1941. Movida à energia elétrica e dotada de máquinas e equipamentos modernos, a usina estrategicamente localizada na margem direita da antiga estrada Feira/Salvador, para facilitar o escoamento do algodão que ali chegava a sua forma natural (algodão bruto proveniente dos campos de produção no interior) e depois de beneficiado era transportado para a capital. Senhor prefeito, o citado imóvel representa um marco na história da Feira de Santana, não somente por sua contribuição ao desenvolvimento econômico de nossa cidade, como pelo laço afetivo de nossa população. Nele trabalharam pessoas de grande representatividade para a comunidade feirense, a exemplo do Dr. Asclepiades Negritos de Barros e tantos outros filhos da terra de Santana da Feira, que com o seu esforço laboral criaram suas famílias e muito ajudaram no crescimento de nossa cidade. Na certeza que teremos a acolhida de Vossa Excelência, despedimo-nos”, diz, na íntegra, ofício da Fundação Senhor dos Passos.
O governo do estado manifestou intenção de vender vários imóveis na Bahia, incluindo a Estação Rodoviária de Salvador e o prédio do Detran, também na capital baiana.
Caso o tombamento seja oficializado, o imóvel não mais poderá ser comercializado – a venda dos imóveis depende de autorização da Assembleia Legislativa da Bahia (leia mais). Há anos a intenção da Secretaria Municipal de Planejamento é construir, no local, um Centro Administrativo Municipal.