O juiz que indeferiu, em dezembro de 2020, a ação movida pelo ex-vereador Alberto Nery contra três partidos políticos, no caso das supostas candidaturas laranjas, foi substituído. O Protagonista relata, nesta matéria, toda a trajetória da ação, do início até a fase atual.
Em dezembro de 2020, Alberto Nery, através do advogado Luiz Vinícius Aragão, entrou com a ação contra o Patriota, o PSD e o Cidadania. Em janeiro o juiz Antônio Gomes de Oliveira Neto, titular da 157 Zona Eleitoral, indeferiu a ação alegando ausência de provas.
Ainda em janeiro, Nery e seu advogado recorreram. Já em fevereiro, a Justiça acolheu ação e convocou candidatas, supostamente laranjas, para depoimento. A determinação já foi da juíza nova titular da 157 Zona, Regianne Yukie Tiba Xavier, que substituiu o juiz Antônio Gomes Oliveira Neto. O Protagonista tentou levantar os motivos da substituição, mas não conseguiu, ainda. Uma fonte na Justiça revelou ao blog que teria sido a pedido do juiz.
GÊMEAS
A partir da condução da nova juíza, candidatos foram intimados a prestar esclarecimentos. Foi aí que surgiram as irmãs gêmeas Juliana e Juliê Castro, que “incendiaram o caso”, ao registrarem em cartório denúncia de fraude nas Eleições 2020, alegando que foram usadas pelo partido Patriota, sem nenhum conhecimento prévio, como ''candidatas laranjas'' ao cargo de vereadoras.
O advogado de ambas, Bender Nascimento, afirmou ao site Acorda Cidade que as duas irmãs não receberam verba de campanha, não promoveram campanhas políticas ou qualquer ato como candidatas.
“Foram procuradas por uma pessoa de prenome Jane com o fito tão somente de realizar uma inscrição no partido Patriota. Elas ainda questionaram qual a finalidade daquilo, mas tiveram como resposta, segundo as mesmas, que era apenas para compor uma chapa e que seria uma situação tranquila - motivo pelo qual, aliada à confiança a esta citada pessoa, elas forneceram toda a documentação para a inscrição partidária. Entretanto, dias antes das eleições municipais, foram surpreendidas com várias ligações e mensagens parabenizando-as pelas candidaturas a vereadora em Feira de Santana”, relatou Bender ao Acorda Cidade.
Ainda segundo o advogado, as duas mulheres não foram às urnas no dia das eleições, deixando de votar em si mesmas, em sinal de protesto.
O caso segue na 157 Zona Eleitoral, mas sob a responsabilidade da juíza Regianne Yuke Tiba Xavier, que em 2018, recebeu o título de cidadão feirense na Câmara de Vereadores, homenagem da então vereadora Cíntia Machado.