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Atualizado em: 24-10-2025 11:28

Estrada do inferno: Feira-Salvador está mais esburacada que tábua de pirulito

O que era ruim ficou pior: BR-324 se transforma em campo minado de buracos
Estrada do inferno:  Feira-Salvador está mais esburacada que tábua de pirulito Estrada do inferno:  Feira-Salvador está mais esburacada que tábua de pirulito

Trafegar pela BR-324, rodovia que liga Feira de Santana a Salvador, virou um verdadeiro exercício de paciência e risco. O que antes já era um trajeto desgastante e cheio de reclamações contra a antiga concessionária ViaBahia, agora se tornou um perigo constante para motoristas e passageiros. Desde que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) assumiu a manutenção após o fim do contrato com a empresa, a situação da estrada piorou visivelmente.


“Parece incrível, mas é verdade: o que era ruim ficou pior”, resume um motorista que percorre o trecho semanalmente. “Tem buraco demais, principalmente depois das chuvas. É um risco pro carro e pra vida da gente”, desabafou, em contato com o Protagonista.


Buracos, prejuízos e medo


Nos últimos meses, quem trafega pela BR-324 percebe o mesmo cenário: buracos que se multiplicam, remendos malfeitos e carros parados no acostamento trocando pneus. A cena se repete tanto para quem segue de Feira para Salvador quanto no sentido contrário.


“O DNIT parece ignorar o perigo. Todo fim de semana tem gente trocando pneu ou chamando guincho. A gente gasta com manutenção e ainda corre o risco de morrer”, completa o motorista.


Ele relata um episódio assustador ocorrido recentemente: “Um caminhão soltou o par de pneus e veio pra cima da gente. Por sorte consegui desviar, e os outros carros também. Mas podia ter sido uma tragédia”.


Rodovia sem manutenção e sem segurança


Com o encerramento da concessão da ViaBahia, o trecho voltou à responsabilidade do governo federal, que prometeu realizar ações emergenciais de recuperação. No entanto, o que se vê na prática são remendos pontuais e longos trechos sem qualquer manutenção, especialmente entre os municípios de Amélia Rodrigues, Conceição do Jacuípe e Simões Filho — onde o asfalto praticamente desapareceu em alguns pontos.


A falta de sinalização adequada e de acostamento seguro aumenta o perigo. Caminhoneiros, motoristas de aplicativo e condutores de veículos de passeio relatam prejuízos constantes: pneus rasgados, rodas amassadas e suspensões danificadas.


Enquanto não há solução definitiva, o que resta para quem depende da BR-324 é dirigir com redobrada atenção, desviar de crateras e torcer para não ser o próximo a parar no acostamento.
 

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