Feira de Santana chegou, precocemente, à segunda onda de coronavírus. A constatação é da infectologista Melissa Falcão, responsável pelo Comitê Gestor de Combate ao vírus em Feira de Santana, durante coletiva com a imprensa na manhã desta terça (15).
“Cinco meses após atingirmos a primeira onda, chegamos à segunda onda. Agora com agravante de termos mais casos. Por exemplo: no pico da primeira onda chegamos a registrar 1.067 por semana; agora são 1.150 casos”, diz Melissa.
A infectologista alerta que a tendência é de aumento de casos. “A intensidade é maior e proporcionalmente o número de leitos é menor”, explica.
Melissa Falcão destaca, também, que a liberação de resultados de exames no Lacen (Laboratório Central da Bahia) está tendo atrasos, devido à grande demanda.
“Independente das causas, precisamos nos unir para enfrentar esta segunda onda de casos em Feira de Santana. Passou a eleição e agora é momento de união”, acentua.
COLBERT
“A situação é grave em Feira em relação à covid”. O alerta é do prefeito Colbert Filho, também durante a coletiva.
Colbert adverte que as festas particulares em chácaras têm provocado aglomeração e são um dos fatores que provocaram aumento do número de casos, aliado a outros eventos.
“Falar de óbitos é desconfortável. Chegamos a 315 mortes em Feira de Santana, ainda um número menor em comparação com outros municípios, mas precisamos trabalhar para reduzir ainda mais esses índices”, salienta.
Tanto o prefeito Colbert quanto as demais autoridades que participaram da coletiva alertam para os cuidados, que devem continuar. "Não podemos abrir mão do uso de máscara, álcool em gel e do distanciamento regulamentar", advertem.